O assédio moral é uma prática muito séria de violência no ambiente de trabalho, que interfere direta e radicalmente na vida do assediado e pode comprometer seriamente o estado físico e mental de saúde do mesmo, podendo ocasionar desemprego, doença ocupacional ou até mesmo a morte, em casos mais extremos.
Muito embora o problema seja tão antigo quanto o ato de trabalhar, a discussão acerca das causas e consequências é bastante recente no Brasil e passou a ganhar força principalmente na esfera judicial. Para saber mais sobre assédio moral no ambiente de trabalho, continue a leitura deste artigo.
O que é assédio moral no ambiente de trabalho?
Esta prática é caracterizada pelas repetitivas situações de humilhação que o trabalhador sofre no seu local de trabalho. Geralmente a violência é oriunda de pessoas que ocupam cargos hierárquicos superiores àquele que está sofrendo o assédio, e pelas mais variadas razões.
A natureza desta prática é o prolongado exercício do constrangimento, portanto, não se pode configurar assédio quando este é percebido isoladamente. O fato deve acontecer de forma sistemática, ou seja, intencionalmente sobre determinada característica da pessoa ou da forma como trabalha, e por um período estendido (semanas, meses, etc.).
Sendo assim, não se pode falar em assédio moral no ambiente de trabalho quando há:
Brigas e conflitos internos.
Constrangimento esporádico, muito embora possa gerar dano moral.
Recebimento de ordens, cobranças ou críticas, desde que feitas dentro do que é considerado inerente à função.
Condições precárias no espaço destinado ao exercício das funções.
O que fazer quando isso acontecer?
O assédio moral no ambiente de trabalho, em sua grande maioria, parte de alguém que se considera ou se sente superior diretamente para aquele que se mostra mais frágil ou que pode vir a ser uma ameaça. Nestes casos, é importante que a vítima reconheça a agressão e passe a inspirar mais segurança e autoconfiança, se impor e mostrar sua competência.
É natural que o agredido sinta dificuldade em pedir ajuda, mesmo porque em alguns casos, no primeiro sinal de “empoderamento” da vítima, o seu emprego fica seriamente comprometido.
O fato de o empregado ser competente e produtivo também pode despertar a inveja de seus superiores, que de alguma forma acreditam que o agredido pode vir a conquistar a sua posição na empresa. Não é fácil lidar com essa situação, mas a vítima deve manter seu ritmo normal de trabalho e continuar mostrando bons resultados, tratando todos com educação e evitando fazer com que se sintam inseguros na sua presença.
Quando a situação se mostrar insustentável, é importante que a vítima de assédio moral no ambiente de trabalho converse diretamente com o agressor e tente controlar a situação ou, ainda, que a mesma procure o RH e informe o que vem acontecendo.
Em último caso, reúna todas as provas pertinentes (testemunhal e documental), procure um advogado de sua confiança e entre com uma ação judicial. A questão é muito subjetiva e não tem como prever o resultado do processo, muito embora os juízes tenham entendido favoravelmente para o trabalhador em muitos casos, mas é importante que as provas sejam contundentes.
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